sábado, 28 de maio de 2011

As principais diferenças entre Vygotsky e Piaget

" Embora meu amigo A. Luria me tivesse informado sobre a posição ao mesmo tempo simpatizante e crítica de Vygotsky a respeito de meu trabalho, nunca pude ler seus textos ou encontrar-me com ele pessoalmente; e hoje, ao ler seu livro, lamento-o profundamente, porque se tivesse sido possível uma aproximação, poderíamos ter chegado a nos entender sobre diversos pontos." Piaget



Fatores Internos e externos do desenvolvimento:

Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social. Piaget, por aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula que o desenvolvimento segue uma seqüência fixa e universal de estágios. Vygotsky, ao salientar o ambiente social em que a criança nasceu, reconhece que, em se variando esse ambiente, o desenvolvimento também variará. Neste sentido, não se pode aceitar uma visão única, universal, de desenvolvimento humano.

A Construção do Real

Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. A visão particular e peculiar (egocêntrica) que as crianças mantêm sobre o mundo vai, progressivamente, aproximando-se da concepção dos adultos: torna-se socializada, objetiva. Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com adultos ou crianças mais experientes. A construção do real é, então, mediada pelo interpessoal antes de ser internalizada pela criança. Desta forma, procede-se do social para o individual, ao longo do desenvolvimento.

O papel da aprendizagem

Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social. Vygotsky, ao contrário, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.

Pensamento e linguagem

Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das suas formas de expressão. A formação do pensamento depende, basicamente, da coordenação dos esquemas sensorimotores e não da linguagem.Esta só pode ocorrer depois que a criança já alcançou um determinado nível de habilidades mentais, subordinando-se, pois, aos processos de pensamento. A linguagem possibilita à criança evocar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos.Piaget, todavia, estabeleceu uma clara separação entre as informações que podem ser passadas por meio da linguagem e os processos que não parecem sofrer qualquer influência dela. Este é o caso das operações cognitivas que não podem ser trabalhadas por meio de treinamento específico feito com o auxílio da linguagem. Por exemplo, não se pode ensinar, apenas usando palavras, a classificar, a seriar, a pensar com responsabilidade.

Já para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste sentido, a linguagem, diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento

CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET E VYGOTSKI PARA A EDUCAÇÃO


De Sérgio Franco

Certa vez um jornalista me perguntou para que serve o construtivismo. E isso me fez pensar bastante e cheguei à conclusão de que, a princípio, não serve para nada. Aliás, aqui é importante fazer uma generalização. As teorias, bem como as filosofias não servem para nada.

Vocês devem estar achando estranho eu dizer isso, ainda mais quem me conhece há mais tempo e sabe do meu empenho em traduzir a teoria de Piaget em uma linguagem mais simples com o intuito de fazer os professores, ou mesmo os pais entenderem o construtivismo.

É bem verdade que eu sempre fui um defensor das teorias. Sempre gostei de caracterizar meus cursos, minhas aulas, como espaços de reflexão teórica. Mas tudo isso não é incoerente com o que disse acima: que as teorias não servem para nada...continue a ler no sitio

http://www.pgie.ufrgs.br/alunos_espie/espie/franco/public_html/textos/piavygo.htm



Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), elaborados por equipes de especialistas ligadas ao Ministério da Educação (MEC), têm por objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou a elaboração da proposta curricular dos Estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino.

Os PCNs são, portanto, uma proposta do MEC para a eficiência da educação escolar brasileira. São referências a todas as escolas do país para que elas garantam aos estudantes uma educação básica de qualidade.

Seu objetivo é garantir que crianças e jovens tenham acesso aos conhecimentos necessários para a integração na sociedade moderna como cidadãos conscientes, responsáveis e participantes.

Aqui você poderá encontrar um breve comentário dos PCNs, em que poderá apreender de forma simples e direta os conceitos fundamentais propostos nesses documentos, hoje tão importantes e tão debatidos pelos educadores.

Se desejar aprofundar os conceitos desenvolvidos nos PCNs, poderá também fazer odownload dos textos integrais.



Interacionismo


Para Vygotsky, as funções psicológicas superiores - que são características do ser humano - estão ancoradas, por um lado, nas características biológicas da espécie humana e, por outro, são desenvolvidas ao longo de sua história social. É o grupo social que fornece o material (signos e instrumentos) que possibilita o desenvolvimento das atividades psicológicas. Isso significa que se deve analisar o reflexo do mundo exterior no mundo interior dos indivíduos, a partir da interação destes com a realidade.

Ainda segundo Vygotsky, para que o indivíduo se constitua como pessoa, é fundamental que ele se insira num determinado ambiente cultural. As mudanças que ocorrem nele, ao longo de seu desenvolvimento, estão ligadas à interação dele com a cultura e a história da sociedade da qual faz parte. Por isso, e de acordo com os conceitos desenvolvidos por Vygotsky, o aprendizado envolve sempre a interação com outros indivíduos e a interferência direta ou indireta deles.

Esse enfoque é completamente diferente do enfoque de Piaget. Formado em Letras e em Psicologia, Vygotsky elegeu a linguagem como objeto de estudo. Para ele, a linguagem tinha papel fundamental na mediação entre as relações sociais e a aprendizagem. O objeto de estudo de Vygotsky era o desenvolvimento humano, a partir do processo histórico que o indivíduo estava vivendo.


Referência

http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/pcn/pcns.aspx?cod=45

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Questões de curriculo

Com o curriculo aprendi como se estrutura o conhecimento a ser passado do professor para o aluno em uma relação de mão dulpla. Aprendi que as várias propostas de curriculo estão sempre em tensão com a ordem social vigente. O curriculo pode falar calando o aluno, ou seja, desenvolvendo algumas habilidades e atrofiando outras. Mas também aprendi que há possibiliadades de fazer um plano curricular que leva em conta o sujeito envolvido na aprendizagem. Posto isso, minha reflexões foram pensadas para a problematização das variadas formas que conheci de curriculo. Nossa ilustração "Persépolis" e o poema de Mauro Iasi, também tentaram dar conta de expressar o tema em questão. Tudo isso me fes pensar que a primeira coisa a ser fazer em sala de aula, deve ser mostrar ao aluno o que é a escola e por que ela existe. Exposição de alunos da escola Simão Hess. Abapurus de Tarsila